Plantas e pets: Guia de cuidados em casa e no jardim

Ter plantas em casa ou no jardim é uma maneira maravilhosa de deixar o ambiente mais bonito, aconchegante e saudável. No entanto, quem tem pets precisa estar atento: algumas espécies de plantas podem representar um risco real para a saúde dos animais de estimação. Muitas plantas ornamentais populares são tóxicas quando mastigadas ou ingeridas pelos pets, podendo causar desde irritações leves até intoxicações graves e fatais.

Seja você um amante de plantas experiente ou alguém que está começando a montar seu jardim, é essencial conhecer as plantas que podem colocar seu pet em perigo. Vamos entender um pouco mais sobre essas plantas para evitar acidentes e garantir um ambiente seguro e harmonioso para todos.

Por que as plantas são perigosas para cães e gatos?

Muitos pets, especialmente filhotes, são naturalmente curiosos. Eles exploram o ambiente com o focinho e a boca, e mastigar folhas, flores e até raízes pode ser irresistível. Em algumas plantas, o problema está em substâncias químicas que servem como defesa natural contra predadores — mas que, para cães e gatos, podem causar reações tóxicas.

Entre os sintomas mais comuns de intoxicação estão:

  • Salivação excessiva
  • Vômito
  • Diarreia
  • Falta de apetite
  • Fraqueza ou cansaço fora do normal
  • Dificuldade respiratória
  • Tremores ou convulsões

Diante de qualquer comportamento atípico ou sinal de envenenamento, o ideal é buscar atendimento veterinário imediato.

Plantas tóxicas comuns em casas e jardins

Muitas das plantas mais populares no paisagismo e na decoração são potencialmente perigosas para animais domésticos. Conheça algumas das mais comuns:

1. Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia): Contém cristais de oxalato de cálcio, que podem causar irritação severa na boca, língua e garganta do animal, além de inchaço, dor e dificuldade de engolir.

2. Lírio (Lilium spp.): Os lírios são extremamente tóxicos para os gatos. A ingestão de pequenas quantidades pode levar à falência renal, e se não tratado rapidamente, o quadro pode ser fatal.

3. Espada-de-São-Jorge (Sansevieria trifasciata): Essa planta possui saponinas, que podem causar náuseas, vômitos e diarreia em cães e gatos.

4. Antúrio (Anthurium spp.): Também contém oxalato de cálcio, provocando dor intensa, inchaço na boca e dificuldade de respirar se mastigado.

5. Copos-de-leite (Zantedeschia aethiopica): Possui  cristais de oxalato que podem causar reações inflamatórias intensas na mucosa oral.

6. Azaleia (Rhododendron spp.): A ingestão de qualquer parte da azaleia pode afetar o sistema nervoso, causando vômitos, diarreia, fraqueza, arritmias cardíacas e convulsões.

7. Costela-de-Adão (Monstera deliciosa): Essa planta possui cristais de oxalato que irritam a mucosa oral e gastrointestinal, além de em alguns casos, causar edema de glote.

8. Samambaia (Nephrolepis spp.): Algumas espécies de samambaias podem causar vômitos e diarréias quando ingeridas em grandes quantidades, além de reações alérgicas ao contato.

9. Hortênsia (Hydrangea spp.): As flores de hortênsia contêm glicosídeos cianogênicos, que podem liberar cianeto no organismo do animal e provocar sintomas neurológicos graves.

Como evitar acidentes com plantas tóxicas?

A boa notícia é que manter pets e plantas em harmonia é totalmente possível, desde que algumas medidas preventivas sejam tomadas:

Escolha plantas pet-friendly:

Na hora de montar seu jardim ou decorar a casa, prefira plantas que não ofereçam risco aos seus animais. Algumas opções seguras incluem: Marantas, Peperômias, Areca-bambu, Palmeira-raphis e Fitônias.

Posicione as plantas fora do alcance:

Mesmo que sua planta seja tóxica, mantê-la em locais altos e inacessíveis pode evitar acidentes, especialmente com cães e gatos filhotes ou de pequeno porte.

Ensine limites desde cedo:

O adestramento pode ajudar seu pet a entender que plantas não são brinquedos ou alimento. Supervisione sempre os primeiros contatos com novos elementos no ambiente.

Identifique e etiquete suas plantas:

Nem sempre lembramos o nome de todas as espécies que temos em casa. Uma boa prática é etiquetar suas plantas, facilitando a consulta em caso de dúvida ou emergência.

Crie um jardim exclusivo para o pet:

Se o seu bichinho gosta de “beliscar” folhas, você pode montar um cantinho com plantas seguras, como grama de trigo, catnip (erva-do-gato) ou hortelã. Assim, ele poderá satisfazer a curiosidade sem riscos.

O que fazer em caso de ingestão?

Caso desconfie que seu pet ingeriu uma planta tóxica, siga estas orientações:

  1. Mantenha a calma
  2. Retire o que puder da boca do animal.
  3. Identifique a planta: se possível, leve uma amostra ao veterinário.
  4. Não administre remédios caseiros: muitas substâncias podem agravar o quadro.
  5. Leve imediatamente ao veterinário: o atendimento rápido pode fazer toda a diferença.

Plantas e pets podem conviver em harmonia, mas a segurança vem sempre em primeiro lugar. Ao adotar um pet ou adquirir novas plantas, reserve um tempo para pesquisar sobre a toxicidade de cada espécie. A prevenção é sempre o melhor caminho para evitar situações de risco.

Além disso, lembre-se de que nem sempre os sintomas aparecem imediatamente após a ingestão — por isso, ao menor sinal de alteração no comportamento do seu animal, procure ajuda especializada. Jardins, varandas e ambientes internos podem ser belos e seguros com um pouco de planejamento e amor.

Cuidar do verde e dos nossos companheiros de quatro patas é um gesto de carinho que enriquece a vida de toda a família!

Precisa de ajuda?

Para emergências ou dúvidas, entre em contato com os especialistas do Hospital Veterinário Carinho de Bicho. Estamos à disposição 24 horas, todos os dias, para cuidar do seu amigo peludo com dedicação, carinho e profissionalismo! 💙

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